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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

A tênue linha que separa as coisas.

Deparei-me com uma situação de quebra de paradigma dentro de casa.
O assunto foi: quero sair. Não. Mas eu quero. Ok. Arque com as conseqüências de suas escolhas.
Óbvio que partindo de mim, o assunto não foi tão simples assim, como sempre debati muito, dei minha opinião e disse o que eu gostaria. Como nunca fui adepta a ditadura, sempre deixei as coisas andarem por si só, coloco minha mão quando se faz necessário.
Desta vez eu não quis intervir com pulso forte, decidi deixar, usar de sua escolha em algo simples (onde se tem o domínio) é saudável para usar como exemplo, saudável para o exercício do livre arbítrio, das escolhas e principalmente para saber que toda ação tem uma reação.
Quando eu era adolescente, com meus 15/16 anos, achava que meu pai era exagerado, implicante e maldoso, em todos os lugares poderia ter um traficante querendo me forçar a usar drogas, um maloqueiro pra querer me “comer”, ou seja, sempre tinha um inimigo na trincheira. Afinal de contas qual era o problema de sair com meus amigos todos os finais de semana e ir pro cssgapa me arrasar de tanto dançar? Pois bem, mudei de lado, e vi que realmente a moeda tem 2 lados.
Percebi que dormir 8 hras por dia, não é uma questão de perda de tempo e sim de ganho de qualidade de vida, que me expor de mais poderia me trazer conseqüência que naquele momento eu não conseguia enxergar por estar no olho do furacão, que realmente em qualquer esquina o meu “amigo” pode não ser o traficante mas amigo dele e me colocar numa fria.
A maturidade, que independe de idade a meu ver, nos ajuda a sermos seres mais complexos e necessários para sobrevivermos neste mundinho de cão.
Vivemos o tempo todo sob tensão do puxar e soltar a corda. O puxa-estica é um dos valores que agradeço aos meus pais, terem me ensinado a força rsrsrsrs.
Então a roleta rodou e a aposta docemente foi feita, a escolha realizada.
E como eu tinha dito, toda ação tem uma reação, estou imparcial (naquelas né gente), não mostro meus dentes, até sentarmos e esclarecermos o pq minha ordem não foi acatada.
Sim, ser ai e mãe é uma tarefa difícil, apaixonante e muito complexa.
Já estivemos do lá de lá, o que mudou? As pessoas mudaram e isso é muito triste.
Quando eu saía, pai ou mãe levavam e buscavam, ou ônibus, hj em dia são as malditas caronas (que abomino) ainda prefiro eu, taxi ou van, pelo menos diminui o risco.
Não quero negligenciar, não gostaria de errar.
Realmente é tênue a linha que separa a amizade da autoridade.  Não quero ser autoridade, mas quero que meus pedidos sejam obedecidos, complexo isso, porém real.
Permito muitas coisas, que normalmente pais não permitem, justamente por dar a chance de errar, pois estes erros podem ser concertados com uma simples noite de sono, porque se não, podem ter certeza eu seria mãe com todos os “sinônimos” que pertencem como chata, implicante, murrinha, autoritária, e não ia ter uma única ruga na consciência.
Cuidem de seus filhos.
03/11/2010

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